Para o estudo da topografia da área, utilizou-se como base o mapa digital da Cidade de São Paulo, conhecido como GeoSampa. Como pode-se ver na, a vila encontra-se em uma área inundável, ou seja, na várzea do rio Tietê, além de estar próxima ao rio Tamanduateí, que atualmente está canalizado nesse trecho.
Os vales dos dois rios serviram de local para a implantação das primeiras linhas ferroviárias no final do século XIX, o que propiciou a instalação das fábricas naquele setor, além dos bairros operários. A partir do início do século XX, o rio Tietê tornou-se um destino final para o esgoto sem tratamento de suas águas, além de resíduos industriais despejados (Zanirato, 2011, p. 120).
A partir de 1950, ainda de acordo Zanirato, a grande concentração industrial e o acelerado crescimento populacional da grande São Paulo, resultou na ocupação excessiva das áreas de várzea do Tietê, já sujeitas a enchentes periódicas. A impermeabilização do solo apenas aumentou o problema. Como forma de sanear esse problema, criou-se o projeto para retificar o rio Tietê, sendo essa uma solicitação de Saturnino de Brito de 1920. A execução deste projeto se deu entre as décadas de 1930 e 1940.
Assim, receptor de todo o tipo de dejetos do entorno e retificado, o Tietê e sua várzea deixaram de ser lugar de lazer da cidade, sendo visto nas décadas seguintes mais como um estorvo urbano que uma dádiva (Zanirato, 2011, p. 123).

Mapa de topografia e drenagem no entorno da vila e da fábrica