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Mapa mostrando as ruas e travessas da Vila Maria Zélia

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Uma das rua: notar a falta de pavimentação. Fonte: <https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/10118-acervo-zona-leste>

    Nas calçada foi desenhado uma malha comportando-se como amarelinha para as crianças e concreto no meio fio, no presente sofreram intervenções dos moradores e são constituído por “tijolinhos”. Possui 1,35m de largura entre o limite do lote das residências até o leito carroçável.

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 Calçada com detalhamento de amarelinha para as crianças brincarem.

    A infraestrutura, como encanamento e fiações elétricas, segundo seu Dedé, eram todas subterrâneas. Isso se comprova em fotografias realizadas entre 1924 a 1930. 

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Praça localizada próxima às margens do rio Tietê ao fundo da fábrica. Fonte: <https://www.saopauloinfoco.com.br/wp-content/uploads/2021/01/Recorte-do-periodico-A-Vida-Moderna-em-1918_2.jpg>

    A paisagem urbana da vila encontrava-se muito ligada a questão do lazer de seus moradores, pois melhorava a qualidade de vida e bem estar, o que garantia melhor retorno em produtividade e mantinha seus trabalhadores dentro de sua propriedade e de seu controle. Na década de 1920, os tipos de lazer mais comuns eram o cinema e o futebol, justamente por serem mais acessíveis economicamente. O tempo de lazer era pouco, devido às longas jornadas de trabalho e, visto como uma forma de conter a participação em sindicatos e manifestações (MORANGUEIRA, 2006, p. 131).

    Os espaços de entretenimento contavam com espaços verdes como as praças, o campo de futebol, os coretos, o clube social (onde eram realizados os bailes festivos) e o teatro. O rio Tietê que passava na parte inferior da vila, similarmente, era utilizado pelos moradores, em geral, as crianças e os jovens. As ruas da vila também eram um atrativo para os moradores que realizavam eventos festivos e andavam de bicicleta (FRANGELLO, ALMEIDA, 2018, p. 120-121). As figuras a seguir, mostram uma data comemorativa e um mapa de áreas verdes.

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Praça à frente da capela e da fábrica. Fonte: <https://tinyurl.com/DelouGiorno>

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Praça principal nos dias de hoje. Fonte: Veja São Paulo. Disponível em <https://tinyurl.com/Flickr-Vila-Maria-Zelia>.

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Praça localizada próxima às margens do rio Tietê ao fundo da fábrica. Fonte: <https://tinyurl.com/Ebet-Trabalho>

    Algumas áreas verdes das praças e junto ao campo de futebol eram usadas para a instalação de varais para a secagem de roupa, pelos moradores.

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Uma das áreas destinadas aos varais de roupas. Fonte: SlidePlayer. Disponível em
<https://slideplayer.com.br/slide/369873/2/images/13/Vila+Maria+Z%C3%A9lia+%281918%29.jpgo>

    Havia também os pequenos jardins dispostos à frente de alguns tipos de residências, cujo cuidado pelos moradores era incentivado pelo próprio Jorge Street, por meio de concursos dos jardins mais belos (FRANGELLO, ALMEIDA, 2018, p. 74).

    No campo de futebol ocorriam muitos jogos, principalmente entre o time da casa, o Juta Belém, constituído pelos operários da fábrica, e times visitantes. Era um tipo de lazer que a comunidade podia participar, pois existiam arquibancadas dos dois lados, uma para mulheres outra para os homens (MORANGUEIRA, 2006, p. 133). 

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 Campo de futebol com arquibancada ao fundo. Fonte: Livro 100 anos da Vila Maria Zélia - Autores: FRANGELLO e ALMEIDA

    Os bailes eram uma opção de lazer muito comum nas vilas operárias e aconteciam com frequência na Maria Zélia, geralmente no edifício onde se encontrava o salão de festas, o Clube Social localizado à direita da capela. 

    Por fim, havia um coreto à esquerda da praça principal, próximo à fábrica. Nele ocorriam apresentações de bandas, porém em 1922 houve seu desabamento que acabou ferindo várias crianças (MORANGUEIRA, 2006, p. 169).

    A vila teve sua malha urbana projetada de forma racional e ortogonal, por meio do estilo xadrez reticulado. O leito carroçável era de terra e as ruas e travessas em sentidos diferentes, formado por seis ruas paralelas principais numeradas de 1 a 6, conforme as figuras abaixo (FRANGELLO, ALMEIDA, 2018, p. 74). A rua 1 era a divisão entre a vila e a fábrica.

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    As praças eram duas. Estavam localizadas: uma na entrada da vila  próxima a Capela, Armazém e Clube Social com a presença de um coreto. Atualmente, resta apenas uma parcela da primeira, formando um bosque com altas árvores. A segunda está estabelecia as margens do rio Tietê com a presença também de um coreto. O traçado paisagístico das praças não seguia a ortogonalidade das ruas e das habitações como mostrado no mapa anterior.  

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Mapa de áreas verdes e lazer

 O coreto e a fábrica Maria Zélia, em foto do  acervo da Celina Monteiro. Fonte: Livro 100 anos da Vila Maria Zélia - Autores: FRANGELLO e ALMEIDA

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Meninas posando em frente ao coreto. Fonte: Livro 100 anos da Vila Maria Zélia - Autores: FRANGELLO e ALMEIDA

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Festa de aniversário de Jorge Street em 22/12/1917. Fonte:  Zélia e Jorge Street, em 1897. Fonte: Livro 100 anos da Vila Maria Zélia - Autores: FRANGELLO e ALMEIDA

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Praça localizada em frente à capela com armazém ao fundo, na década de 1920. Fonte:<https://tinyurl.com/Veja-Sao-Paulo>

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